No início da tarde da última sexta-feira, 9, um avião da Voepass, que saiu de Cascavel (PR) e tinha como destino o aeroporto de Guarulhos (SP), caiu na cidade de Vinhedos, no interior de São Paulo, a cerca de 80 km do destino.
Dos 58 passageiros do voo da Voepass, quatro eram empresários cearenses, que haviam viajado para Cascavel, no Paraná.
De acordo com o brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), as investigações sobre as causas do acidente da Voepass foram iniciadas após a tragédia. Ele classificou o acidente como “complexo e catastrófico”.
Em entrevista coletiva concedida às 20h desta sexta, 9, a Voepass disse estar consternada com a tragédia e cooperando com as autoridades para identificar as causas do acidente.
Eduardo Busch, CEO da companhia aérea, lamentou as mortes e afirmou que toda tripulação do avião era experiente. Ele também reiterou que tudo que tem circulado nas redes sociais é especulação.
Com o impacto psicológico causado pelo acidente, a empresa liberou todos os tripulantes dos próximos voos para não trabalharem, caso não se sentissem à vontade. "Nós ligamos para todos os tripulantes e os liberamos caso não estejam se sentindo bem o suficiente para trabalhar", disse Marcel Moura, Diretor de Operaçõesda Voepass.
Conforme a Força Aérea Brasileira (Fab), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o voo aconteceu normalmente até às 13h,20. No entanto, a partir das 13h21, a tripulação não respondeu mais os chamados do controle de aproximação de São Paulo, tampouco reportou emergência nem estar sob condições meteorológicas adversas.
A aeronave foi encontrada pelo Salvaero, que coordena as operações de salvamento, dentro de um condomínio em Vinhedo às 13,26.
Ainda na sexta-feira, 9, a Voepass liberou a lista com os nomes dos mortos na tragédia.
Entre as vítimas estavam quatro empresários cearenses, identificados como Raphael Bohne, Wlisses Dutra, Regiclaudio Freitas e Thiago Almeida Paula.
De acordo com Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo, na manhã deste sábado, 10, 21 corpos haviam sido retirados dos destroços do avião. Desses, 12 já foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo.
Dos corpos resgatados, dois já foram identificados, mas as identidades ainda não foram reveladas pelas autoridades.
Para a identificação das vítimas, serão realizados exames da arcada dentária, de verificação das impressões digitais, através da papiloscopia, além de exames de DNA com familiares dos mortos.
Fonte: O Povo
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