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O número de casos confirmados de febre oropouche no Ceará subiu para 171, de acordo com o boletim divulgado nesta sexta-feira (23) pela Secretaria da Saúde do Ceará. Os casos ocorrem em sete municípios da região do Maciço do Baturité.
Na última semana, o número de infecções era de 143, o que significa um aumento de 28 novos casos. Apesar da crescente disseminação da doença, ainda não há confirmação de óbitos em decorrência da febre oropouche no estado.
O primeiro caso da febre oropouche no Ceará foi confirmado pela Sesa no dia 21 de junho. Desde então, outras confirmações ocorreram nos seguintes municípios, todos da região do Maciço de Baturité:
- Aratuba, 40 casos
- Capistrano, 38 casos
- Pacoti, 31
- Mulungu, 27
- Redenção, 21
- Baturité, 11
- Palmácia, 3
O que é a febre e quais seus sintomas
A Febre Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos. Depois de picarem uma pessoa ou animal infectado, os mosquitos mantêm o vírus em seu sangue por alguns dias. Quando esses mosquitos picam outra pessoa saudável, podem passar o vírus para ela.
Segundo o Ministério da Saúde, a doença tem dois ciclos de transmissão:
- Ciclo Silvestre: Neste ciclo, os animais, como bichos-preguiça e macacos, são os portadores do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem ser portadores do vírus. Mas o mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
- Ciclo Urbano: Aqui, os humanos são os principais portadores do vírus. O maruim também é o vetor principal. Além disso, o mosquito Culex quinquefasciatus (o famoso pernilongo ou muriçoca), comum em ambientes urbanos, também pode ocasionalmente transmitir o vírus.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, os sintomas da doença são parecidos com os da dengue e da chikungunya:
- dor de cabeça,
- dor muscular,
- dor nas articulações,
- náusea
- e diarreia.
Doença não tem tratamento
O diagnóstico da Febre do Oropouche envolve uma avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial. Além disso, todos os casos de infecção devem ser comunicados, pois a doença é de notificação obrigatória devido ao seu potencial epidêmico e capacidade de mutação, podendo representar uma ameaça à saúde pública.
Por isso, como clinicamente é difícil distinguir os seus sintomas com os da dengue, a vigilância epidemiológica (ações que promovem a detecção e prevenção de doenças) exerce um papel crucial no controle dos casos. O diagnóstico aumenta a suspeita clínica para outras doenças e permite uma análise laboratorial que pode revelar outras arboviroses, como a febre ou a dengue.
Prevenção
E para prevenir a doença, são aconselháveis as mesmas medidias de prevenção à dengue:
Evitar áreas com muitos mosquitos, se possível.
Usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.
Manter a casa limpa, eliminando possíveis locais de reprodução de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
Fonte: G1/CE
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