Foto: Reprodução
Nesta sexta-feira (10), sete trabalhadores foram resgatados de situação análoga à escravidão na produção da carnaúba. Conforme informação do G1 Ceará o caso ocorreu em Pacujá, interior do Ceará.
Os auditores fiscais do Ministério do Trabalho resgataram 32 trabalhadores de situação similar, esse ano de janeiro a dezembro.
Conforme o Ministério do Trabalho, os trabalhadores de Uruoca realizavam a extração da palha e do pó da carnaúba sem ter suas carteiras de trabalho devidamente assinadas, sem acesso a Equipamentos de Proteção Individual (EPI), sem submissão a exames médicos, sem instalações sanitárias, sem acesso a água potável e em condições precárias de alojamento.
Os auditores constataram que o local fornecido pelo empregador como dormitório para os funcionários era o mesmo espaço usado para armazenar o pó da carnaúba. Parte dos trabalhadores dormia no interior da casa próximo a sacos de pó, enquanto outros, por falta de espaço, dormiam na área externa, no alpendre.
O local não possuía acesso a água potável nem banheiros, egundo os auditores fiscais. Os trabalhadores acabavam recorrendo a áreas de matagal para suas necessidades e utilizavam um açude próximo para banho.
Durante a fiscalização do Ministério do Trabalho, foi garantido e supervisionado o pagamento das verbas rescisórias, no valor de R$ 20.672,40, para os sete trabalhadores resgatados. Além disso, os trabalhadores terão direito a três parcelas do seguro desemprego.
Adicionalmente, foram emitidos 12 autos de infração devido às irregularidades constatadas durante a operação de combate ao trabalho escravo.
Fonte: A Voz de Santa Quitéria
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