Foto: Reprodução
Funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviço para o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, fazem desde o início da madrugada desta terça-feira (03) um protesto contra a proibição do uso de celular nas áreas de carga e descarga dos terminais, durante a jornada de trabalho.
O ato começou ainda de madrugada, às 3h, e os funcionários dizem que foram obrigados a assinar um documento sobre a restrição, apesar de não concordarem com a decisão da Receita Federal. A medida foi tomada após a troca de malas com droga que levou duas brasileiras a serem presas erroneamente na Alemanha
Os empregados terceirizados relatam que precisam se comunicar com familiares durante a jornada de trabalho, já que têm mães, pais e crianças em idade escolar em casa.
Uso de celular para emergências
Eles citam também possíveis emergências que podem surgir e que, sem o uso do aparelho celular para comunicação, ficam sem informações das famílias.
Durante o protesto, os trabalhadores andaram por várias áreas dos terminais do Aeroporto de Guarulhos gritando palavras de ordem como "somos trabalhadores, não bandidos" e pedindo a revisão da norma.
Por meio de nota, a concessionária GRU Airport, que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, informou que "devido paralisação de parte do trabalhadores terceirizados que prestam serviço no pátio e à greve de metrô e CPTM, nesta terça-feira (03/10), foi iniciada a operação em contingência conforme protocolo pré-definido".
Passageiros relataram nas redes sociais que os protestos atrasavam a entrega de bagagens durante a manhã.
A concessionária orienta os passageiros a procurarem as companhias aéreas para informações sobre status dos voos.
As áreas por onde circulam as milhares de bagagens e mercadorias que passam diariamente pelo maior aeroporto do Brasil sempre foram motivo de preocupação para as autoridades, mas, nos últimos dois anos e meio, isso se intensificou.
Nesse período, a Polícia Federal prendeu mais de 100 funcionários terceirizados que trabalhavam no local - a maioria por tráfico de drogas.
Fonte: O Globo
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