Um grupo de ética médica pediu na última quinta-feira (21) a abertura de uma investigação para apurar a morte de uma dúzia de macacos em testes para implantação de chips cerebrais pela empresa Neuralink, fundada pelo empresário Elon Musk.
O falecimento dos primatas foi confirmado pelo próprio magnata, em 10 de setembro. Mas, segundo ele, os animais morreram em decorrência de doenças terminais durante os procedimentos.
A versão, no entanto, é contestada pelo Comitê de Médicos para a Medicina Responsável. Ao que disse a organização sem fins lucrativos sediada em Washington em denúncia enviada para a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e Exchange Commission (SEC), os bichos morreram devido a complicações com os testes de implante.
Na última terça-feira (19), a empresa de biotecnologia anunciou que está em busca de voluntários para testar um chip cerebral em humanos. O procedimento conta com a aprovação da agência regulatória estadunidense Food and Drug Administration (FDA).
A tecnologia que está sendo desenvolvida integra o projeto Precise Robotically Implanted Brain-Computer Interface (PRIME) e tenta permitir com que pessoas com tetraplegia causada por lesões na medula espinhal cervical ou com esclerose lateral amiotrófica (ELA) controlem dispositivos a partir de suas mentes, após a aplicação dos chips.
Os médicos que levaram a queixa para a SEC afirmam que os comentários do bilionário dono da Neuralink foram "enganosos, falsos" e que os investidores, que direcionaram mais de US$ 280 milhões para a iniciativa, "merecem ouvir a verdade sobre a segurança e comercialização do produto". As informações são do El País.
Diário do Nordeste
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