A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) foi vítima de transfobia na sessão desta terça-feira (26) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro. Os ataques foram feitos pelo general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em determinado momento da sessão, o general Heleno chamou a parlamentar de "senhor".
"O senhor disse que a ditadura militar salvou o Brasil. O senhor coordenou a operação 'Punho de Ferro', no Haiti, que resultou num massacre e morte de dezenas de crianças e mulheres. O senhor tentou impedir...", começou a deputada. Heleno a interrompeu e disse que a acusação não era verdadeira. "Estou querendo proteger vossa excelência. Isso é uma afirmativa mentirosa. Se eu quiser, vou para a Justiça, processo o senhor e boto o senhor na cadeia", afirmou o ex-ministro.
Salabert, então, respondeu: "É 'a senhora'! É 'a senhora'! E não vai me ameaçar, não. O senhor coordenou a operação 'Punho de Ferro', no Haiti, que resultou num massacre", repetiu a deputada. Depois desse momento, os dois ainda tiveram outro embate, que findou com a parlamentar afirmando que, "se houver justiça no Brasil", Heleno sairia preso do depoimento à CPI.
GENERAL PEDIU DESCULPAS
Em outro momento da sessão, na volta do intervalo para o almoço, Duda Salabert pediu novamente a palavra e afirmou que general Heleno a procurou e pediu desculpas por ter se referido a ela no masculino.
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