O blogueiro cearense Wellington Macedo de Souza, 47, foi preso em Cidade do Leste, no Paraguai, nesta quinta-feira (14). Ele, que estava foragido desde janeiro deste ano, é um dos condenados pela tentativa de explosão de uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, ano passado, na véspera do Natal.
Segundo o g1, que publicou a informação, Macedo será entregue à Polícia Federal na tarde desta quinta, na Ponte da Amizade, que conecta a Cidade do Leste a Foz do Iguaçu. No último dia 18 de agosto, ele foi condenado a seis anos de prisão, em regime inicialmente fechado, e deve pagar uma multa de R$ 9,6 mil.
Os outros dois envolvidos no crime, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, já estão presos. Eles devem cumprir, respectivamente, nove anos e quatro meses de prisão e cinco anos e quatro meses.
ENTENDA A CONDENAÇÃO
Segundo as investigações policiais, Macedo usou o próprio carro para, na véspera do Natal, levar Alan Diego dos Santos, que carregava a bomba, às proximidades do aeroporto de Brasília, e ajudar a colocar o artefato dentro de um caminhão com querosene. No entanto, devido a uma falha técnica na montagem, a explosão acabou não se concretizando.
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o cearense foi condenado por expor a perigo de vida a integridade física de outros mediante explosão, arremesso ou colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos.
"O crime foi premeditado. O acusado conheceu pelo menos um dos co-autores em Brasília, no acampamento montado em frente ao QG do Exército. As emulsões explosivas vieram do Pará, a pedido de George [Washington], o qual, após a montagem, entregou o artefato explosivo para Alan [dos Santos], que, por sua vez, ligou para o acusado e se encarregaram de tarefa importante, a colocação do artefato no local escolhido", escreveu o juiz na sentença.
QUEM É WELLINGTON MACEDO?
Macedo foi candidato a deputado federal pelo PTB nas eleições gerais do ano passado. Ele é apoiador do ex-presidente Bolsonaro e chegou a integrar o quadro de comissionados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, dissolvido no início deste ano, mas que era comandado pela então ministra Damares Alves.
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