Uma mulher entrou em um beco, na Barra do Ceará, em Fortaleza, e acabou sequestrada por integrantes de uma facção criminosa, em razão de morar em uma região que seria dominada por uma facção rival, na última segunda-feira (21). Três suspeitos de participarem do crime foram presos em flagrante, mas uma mulher foi solta em audiência de custódia.
Conforme documentos que a reportagem teve acesso, a vítima relatou em depoimento ao delegado Sylvio Rego de Rangel Moreira, do 33º DP, da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), que tinha ido ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Barra do Ceará e, no caminho de volta para casa com o companheiro dela, passou por um beco.
O casal foi interrogado por pessoas que estavam na ruela sobre onde morava. Ao ouvir a resposta, um criminoso gritou "pega, pega" e um comparsa efetuou dois tiros para cima. O companheiro da mulher conseguiu correr e fugir, mas ela foi raptada e levada para cárcere privado.
Numa residência na Rua Seis Companheiros, também na Barra do Ceará, a mulher foi fotografada e ameaçada de morte. Os criminosos checaram seus documentos de identificação e acionaram comparsas, que, após alguns minutos de sequestro, confirmaram que ela não integrava uma facção rival.
A mulher chegou a ser liberada pelo grupo criminoso, mas Francisco Washington de Freitas Prudêncio, de 18 anos, não se conformou e voltou a raptar a vítima, com um "mata leão" no pescoço. Foi quando uma composição da Polícia Militar do Ceará (PMCE) chegou ao local e freou a ação criminosa.
POLÍCIA É ACIONADA E REALIZA PRISÕES
Uma equipe da Polícia Militar foi rapidamente acionada e se deslocou para o local do crime, onde visualizou o suspeito dar o "mata leão" na vítima. Francisco Washington foi abordado e preso em flagrante.
Em paralelo, uma equipe do 33º Distrito Policial, da Polícia Civil, chegou ao local do cárcere privado e realizou a prisão em flagrante de José Jean dos Santos Duarte, 26, e da sua companheira, Karen Victoria Damasceno Paixão, 23. No local, foi apreendida uma pequena quantidade de maconha.
O flagrante foi lavrado no 7º DP (Pirambu) e um inquérito instaurado por organização criminosa, sequestro e cárcere privado e tráfico de drogas. Interrogado pelos policiais civis, Francisco Washington preferiu se manter em silêncio. Já José Jean e Karen Victoria negaram ter cometido os crimes e integrar uma facção criminosa.
Em audiência de custódia realizada pela Justiça Estadual na última terça-feira (21), Karen Victoria Damasceno Paixão foi solta, mediante aplicação de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar noturno e monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Já Francisco Washington de Freitas Prudêncio e José Jean dos Santos Duarte tiveram as prisões em flagrante convertidas em prisões preventivas.
Fonte: Diário do Nordeste
0 Comentários